Aconteceu nesta sexta-feira (13), no município de Novo Oriente do Piauí a 13ª Conferência Municipal da Assistência Social. O evento foi realizado no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e reuniu autoridades locais, profissionais da área e a população em geral para debater os desafios e propostas da política pública voltada ao setor. 3z5h5f

Durante a conferência, o prefeito Afonso Sobreira destacou a importância da participação popular e defendeu o papel fundamental da Assistência Social no combate às desigualdades.

“O que a gente foca muito aqui na cidade é a participação popular, é que as pessoas venham realmente a discutir as suas necessidades, e no caso da Assistência Social, que muitas vezes é criticada por alguns que estão numa situação melhor, que alega que o governo é só assistencialismo, eu não concordo, muitas vezes as pessoas não têm uma certa empatia com o vizinho, com o parente, com o amigo, que está numa situação mais delicada”, defendeu o prefeito.

Ele ainda reforçou a necessidade de propostas reais e aplicáveis, baseadas nas demandas concretas da população.

“Procuramos nessa istração trabalhar sempre com a realidade. Então não importa fazer um resultado de conferência bonito, feito de forma artificial, é importante que as pessoas estejam participando e colocando as suas dificuldades e como o poder público pode atuar realmente nesse campo. Ontem foi no SUS, hoje aqui no SUAS, na assistência social, sempre baseado na nossa realidade, fazendo realmente, propondo ações que possam ser executáveis e que possamos realmente vir a mudar a realidade da nossa população”, disse.

A vereadora Jaquelyne Nunes também marcou presença e destacou o papel da resistência na defesa dos direitos sociais. “Hoje a gente com o tema 20 anos de SUAS, ainda em construção, na garantia de direitos e é claro, resistência, então essa resistência a gente discute aqui para que a gente possa conseguir levar até a plenária estadual, para que a gente possa quebrar mais essa resistência e trazer as necessidades realmente que o nosso povo, que a nossa população, nossa sociedade, o nosso município precisa para que a gente possa realmente garantir o direito na vulnerabilidade”, apontou Jaquelyne.

O secretário de Assistência Social, José da Cruz, chamou atenção para os desafios enfrentados pelo sistema em relação aos rees de recursos.

 “Com relação aos co-financiamentos, tanto no governo estadual como no governo federal, precisamos de melhorias, hoje estamos trazendo tanto a parte governamental como não governamental para poder traçarmos propostas, para poder levarmos à conferência estadual, à conferência nacional, para podermos trazermos melhorias, tanto nos reajustes do cofinanciamento, para poder chegar nas famílias mais carentes aqui na ponta do nosso município”, destacou.

Segundo o secretário, a gestão municipal tem priorizado ações inclusivas para diferentes públicos. “A gestão do Afonso Sobreira, juntamente com os demais secretários tem esse cuidado de tratar desde a primeira infância até a melhor idade, então aqui na Assistência Social não é diferente, a gente tem a capoeira, tem o Pelotão Mirim, tem a capoterapia e aí trazendo sempre melhorias, maior qualidade de vida para esse público.”

A palestrante Lisiane, presidente do Conselho Municipal da Assistência Social, ressaltou a importância do evento diante dos 20 anos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). “É um ano muito importante, onde a gente está completando 20 anos dos SUAS, esses 20 anos que foram de grandes avanços e conquistas, e como o prefeito colocou, é um momento importante onde a gente vai estar elaborando propostas para o futuro da política de assistência social aqui do município”, destacou.

Lisiane também pontuou os impactos dos cortes orçamentários nos últimos anos e reforçou a necessidade de retomada dos investimentos.

“Sobre a questão dos recursos que a gente teve esse corte de 2016 a 2022, onde teve grandes impactos na política de assistência em relação à questão dos programas e dos serviços, a gente viu o quanto isso deixou esses programas fragilizados \[…], a gente espera que esses recursos possam voltar a ser como era antes, até porque o próprio governo federal fala de inovações, o próprio eixo é que ele fala dessas inovações, desse trabalho de inovar os programas, os serviços, mas a gente precisa sim desses recursos”, frisou.

Apesar das dificuldades, Lisiane reconheceu o apoio do poder público local. “A gente tem o apoio municipal, do prefeito aqui, ele sempre nos atende em relação à questão dos programas, mas a gente vê que ainda, a nível federal, a gente precisa ainda mais”, concluiu.

Por Fabiana Santos